Qual origem?
OU
Dinossauros Pássaros
Eis a resposta...
1-De que forma os autores deste artigo
desvendaram a origem das penas?
A descoberta de fósseis de dinossauros com penas, feita por
um grupo de pesquisadores no norte da China reformulou a possível hipótese da
origem da pena, a teoria clássica sugere que as penas sugiram de escamas
alongadas, onde as escamas transformaram-se em penas primeiro alongando-se,
depois adquirindo bordas com franjas e finalmente produzindo bárbulas com
ganchos e saliências, contudo com as descobertas feitas na província de
Liaoning, com fósseis do início da formação iixiana do Cretáceo (com 128 – 124
milhões de anos) onde fósseis de dinossauros apresentaram penas moderníssimas e
um grande número de estruturas de penas primitivas, mostrando que antes dos
pássaros e do voo, as penas já se originavam e desenvolviam em dinossauros
terrestre, bípedes e carnívoros, a descoberta de penas pérnaceas em espécies de
dromeossauros, terópodes que supõe serem os mais próximos das aves, mas que não
são aves, a descoberta de penas fósseis de mais de uma dúzia de dinossauros
terópodes nonavianos, como o terizinossauro Beipiaosaurus, em dromessauros,
como o Microraptor e o Sinornithosaurus significa uma redefinição do que é ser
uma ave e uma reformulação da história evolutiva dos dinossauros terópodes, as
aves, o grupo que inclui todas as espécies descendentes do mais recente
ancestral comum do Archaeopteryx e dos pássaros modernos. Agora reconhecendo
que as aves são um grupo de dinossauros terápodes que adquiriram a capacidade
de voar, muitas descobertas tem estreitado a relação de dinossauros e aves o
que dificulta a definição de pássaros, contrário a isso o Tyranosaurus e o
Velaciraptor, tinham corpo com penas, mas não eram aves.
2-De que forma a biologia comparada auxilia na investigação sobre a origem das penas?
Existe um plano evolutivo para penas, nesse plano estão os
estágios de formação e desenvolvimento pelos quais essa estrutura passa,
podendo deduzir as similaridades da estrutura entre espécies através do seu
desenvolvimento, estágio 1, alongamento tubular do placódeo de um germe da pena
e de um folículo, isso produziu a primeira pena, um cilindro oco e sem
ramificações, estágio 2, o colarinho do folículo, um anel de tecido epidérmico,
diferenciou-se na camada interna que se transformou nas saliências
longitudinais da barba e a camada externa, numa bainha protetora, produzindo um
tufo de barbas fundidas ao cilindro oco ou cálamo, duas alternativas para o
estágio 3, a origem do crescimento helicoidal das saliências das barbas e a formação
do raque (3a) ou a origem das bábulas, no 3a o folículo produziria uma pena com
raque e uma série de barbas simples, o 3b produziria um tufo de barbas com as
primeiras penas de ramificações duplas, mostrando uma raque, barbas e bárbulas,
estágio 4 produziria bárbulas diferenciadas, com ganchinhos que se prendem as
bárbulas das saliências das barbas adjacentes e criam uma pena penácea com uma
lâmina fechada, estágio 5 aparece a lamina assimétrica de uma pena adaptada
para voo. Descobertas moleculares recentes confirmam os três primeiros
estágios, a proteína sonic hedgehog (Shh) e boné morphogenetic protein 2 (Bmp2)
estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento das penas, trabalham com um
par modular de moléculas transmissoras de sinais, que como um componente de uso
geral, é reutilizado ao longo de todo o desenvolvimento da pena, a proteína Shh
induz a proliferação de células e a Bmp2 regula a extensão dessa proliferação e
promove a diferenciação das células, cada estágio do desenvolvimento da pena tem
uma forma distinta dos sinais da Shh e Bmp2, realizam tarefas críticas a medida
que a pena avança para sua forma final, uma estrutura que se enquadra nesse
requisitos pertencem e podem ser classificadas como pena, por isso essa análise
comparativa deve ser feita, para que se minimizem as possibilidade de erros na
elaboração de hipóteses de origem.
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